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Hoje me enviaram um post falando sobre tendências de sexualidade entre jovens, e a forma como algumas coisas estão mudando (drasticamente!). O termo ‘apagão sexual’ tem despertado debates sobre a maneira como jovens estão redefinindo seus relacionamentos na contemporaneidade. Há uma mudança gradual na forma como a sexualidade é percebida e integrada nas relações interpessoais. Eles têm priorizado conexões emocionais mais profundas em detrimento de uma ênfase excessiva na expressão física do afeto, como há muito tempo vem sido tratada a expressão sexual: como foco ou tradução de afetividade.
É notável a transição na maneira como a sexualidade é considerada nos relacionamentos. Se antes era vista como esta peça fundamental para iniciar ou manter uma relação, agora parece estar cedendo espaço para conexões emocionais genuínas e aprofundadas. Os jovens buscam relacionamentos baseados em afinidades, valores e sentimentos compartilhados, resultando em laços mais profundos e complexos.
Essa mudança na dinâmica dos relacionamentos entre os jovens gera o questionamento: será que essa tendência se estenderá para todas as idades e relacionamentos? Podemos vislumbrar uma sociedade na qual as conexões emocionais e intelectuais se tornem prioritárias, relegando a sexualidade a um papel mais secundário em todos os estágios da vida.
Confesso que a possibilidade me lembrou minhas leituras juvenis de histórias distópicas como “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley cuja sociedade não fazia sexo. Nessa novela, a humanidade havia “desenvolvido-se” de tal forma que bebês eram gerados por máquinas e as emoções mais intensas também eram compartilhadas de maneira digital. A humanidade era “superior” demais para compartilhar atos animalescos como sexo.
Voltando de meus devaneios percebo que diferentemente do livro, é fundamental compreender que essa transformação não permitirá a desvalorização da importância da sexualidade nas relações. Pelo contrário, é uma reavaliação do seu papel. A busca por relações mais profundas oferece benefícios emocionais significativos, proporcionando uma satisfação mais duradoura e plena nas relações interpessoais, traduzindo-se ou não através da expressão física.
Essa mudança de foco para conexões emocionais e pessoais pode ser vista como um amadurecimento na maneira como entendemos os relacionamentos. A valorização da intimidade emocional sobre uma abordagem excessivamente sexualizada indica uma evolução na sociedade em direção a conexões mais autênticas e enriquecedoras. Estamos sim criando novos (e melhores) paradigmas.
No final das contas, o ‘apagão sexual’ reflete uma mudança no entendimento coletivo sobre o que realmente importa nos relacionamentos. Mostra que estamos nos movendo em direção a relações mais profundas, mais ricas e, em último grau, mais significativas. Estamos todos em constante evolução, adaptando-nos ao mundo em transformação ao nosso redor, moldando-o e sendo moldados por ele, de forma contributiva.
Essa mudança não significa uma renúncia à sexualidade, pelo contrário! Denota uma reavaliação de seu lugar nas relações humanas, que são tão ricas e complexas. É um convite para olhar além da expressão física do afeto e apreciar a riqueza e profundidade que as conexões emocionais podem gerar. Nossas vidas individuais compartilham e refletem o que está a nossa volta. Devemos permitir nos contaminarmos pelo que há de bom acontecendo, como desenvolver e lapidar sentimentos profundos e complexos.
Nesse processo de transformação, estamos aprendendo a valorizar e aprimorar nossos relacionamentos, promovendo uma sociedade mais consciente, autêntica e enriquecedora para todos.
Desfrutemos dos resultados!
Com amor,
Maria.
Maria Fernanda de Amorim Fortuna
Educadora Sexual @souamormaria